Na postagem anterior, vimos o surgimento da série “Concert Spirituel” em Paris, e quais foram os primeiros compositores a ter suas obras executadas. Nos atemos a compositores do período barroco.
Agora vamos aos clássicos.
Começamos com Simon Le Duc, que viveu entre 1742 e 1777. Le Duc foi também violinista e diretor dos Concertos Espirituais por alguns anos.
Le Duc foi elogiado por Leopold Mozart, pai de Wolfgang Amadeus Mozart. Leopold deixou registrado que ele era um violinista muito bom.
Le Duc compôs três concertos para violino e orquestra, algumas sonatas para violino, música de câmara em geral e algumas sinfonias.
Esta sinfonia é um exemplo do típico estilo galante ou pré-clássico que havia surgido no início do século XVIII e pouco a pouco ganhava a preferência do púbico.
E se estamos falando de música clássica francesa, um nome não pode ficar de fora: François Gossec, que viveu entre 1734 e 1829.
Infelizmente Gossec é raríssimamete lembrado nos dias de hoje.
A única peça de sua autoria que é tocada, ainda assim muito de vez em quando, é uma pequenina gavota:
É uma pena que Gossec seja lembrado apenas por essa peça que, embora graciosa, não absolutamente nada de especial.
Vale a pena ouvir dele uma obra mais expessiva: a Sinfonia Concertante para violino, violoncello e orquestra em re maior.
Esse tipo de obra, a sinfonia concertante, foi marca registrada dos Concertos Espirituais Parisienses.
A Sinfonia Concertante é, na verdade, uma espécie concerto.
Um concerto é uma obra em mais de um movimento, em que uma orquestra acompanha um solista.
A principal característica da Sinfonia Concertante é o fato de haver quase sempre mais de um solista.
Além disso, a sinfonia concertante parisiense é sempre leve; a música nunca traz grandes cargas de dramaticidade.
A sinfonia, por sua vez, não tem solistas.
Gossec escreveu belas sinfonias. A” Sinfonie à 17 parties” tem o mesmo nível artistico das melhores sinfonias de Joseph Haydn.